segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Saúde faz palestra sobre meningite no Parque das Palmeiras



A Divisão de Saúde Coletiva, da Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil (Semusdec), promoveu nesta quarta-feira (03/10) uma série de palestras sobre meningite para alunos, pais, profissionais de educação e moradores da comunidade no entorno do CIEP 387 -Hans Christian Andersen, no bairro Parque das Palmeiras. O encontro promovido pelos agentes da Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica (CVE) teve como objetivo esclarecer e conscientizar a população local sobre a doença. O bairro teve no último domingo um caso de meningite confirmado trazendo muitas dúvidas e preocupações aos responsáveis sobre o envio dos alunos a unidade de ensino.

A CVE, além dos esclarecimentos, informou ainda que realiza monitoramento e alertas constantes dos casos de meningite em Nova Iguaçu, não havendo evidências de surto ou epidemia no município. A vacina e medicamentos contra a doença estão disponíveis na rede pública municipal. O encontro contou ainda com a participação de profissionais de saúde do Posto de Saúde da Família (PSF) do bairro. A bióloga Alzeli Barreira dos Santos traçou um perfil sobre a meningite para os participantes do encontro que lotaram o auditório do CIEP 387. Explicou o que é a doença que inflama as meninges, que são as membranas que recobrem o cérebro e a medula espinhal. Seus principais sintomas: febre, dor de cabeça, náuseas, vômitos e rigidez na nuca.

"A primeira coisa a fazer é procurar um médico, no posto de saúde mais próximo, evitar a auto-medicação, e posteriormente ser encaminhada para o hospital de referência, aqui no município o Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI). É importante diagnosticar a doença o mais rápido possível e iniciar o tratamento imediatamente. Quanto mais cedo, maiores as chances de cura. A grande maioria dos casos tem cura, sem deixar seqüelas", destaca a bióloga, que lembrou ainda é importante manter os locais limpos e arejados. O fato de ocorrer um caso de meningite numa escola não quer dizer que o transmissor foi um aluno. Pode ter sido qualquer pessoa que teve contato com o doente. Não havendo necessidade de fechar a escola, suspender as aulas, nem interromper outras atividades do dia-a-dia. Nada disso altera o número de casos de meningite.

A forma de transmissão ocorre através do contato íntimo, como beijo, ou através de secreções expelidas pela fala, tosse ou espirro. Praticamente não existe transmissão por intermédio do ar ou de objetos, pois o meningococo não sobrevive mais do que alguns minutos fora do organismo. Quando surge um caso de Meningite Meningocócica, existe também a forma bacteriana, a Divisão de Saúde Coletiva de Nova Iguaçu fornece os medicamentos necessários. A vacina só é indicada na ocorrência de uma epidemia. Lembrando que a vacinação (tetravante) contra a doença faz parte do Calendário Básico de Vacinação das Crianças.

"Encontros como estes são importantes, uma vez que existia um temor nosso em enviar os filhos para a escola. Faltava este esclarecimento sobre as formas de contágio da meningite e a sua forma de transmissão", afirmou a dona de casa Joana Pereira da Silva.